Nos textos servidos para o dia de hoje,
assistimos a inseguranças, a incertezas
de tempos, de espaços, de relações.
Lucas apresenta Paulo a criar uma rota de cidades
e a redefinir os seus interlocutores – cada vez mais improváveis.
João apresenta três vezes o mesmo enigma indecifrável,
entre ver Jesus, a sua ausência e a visão definitiva,
sugerindo nesse tempo de ausência, de busca,
ambiguidades entre tristeza, gozo e alegria.
É neste estado que o cristianismo das origens nos é apresentado:
gente e quotidianos de busca, de construção;
gente improvável que se revelam cuidadores,
espaços inesperados onde se lançam pontes entre semelhantes.
É esta a Páscoa que faz sentido ensaiarmos a cada passo
até sermos um.