Ao acenar a um Deus-Agente,
a um Deus-Espírito que nos ensina, que nos faz conhecer, que nos guia na verdade,
João não fala de “fantasmas”. Antes, releva um Deus que incarna
e continua a respirar no ser humano.
Como em Paulo, como o sopro que sai de Paulo aos seus contemporâneos
sem condenação,
cheio de vontade de aproximar,
cheio de laços e pontes.
Palpa-se aí a presença do Deus do qual somos da mesma raça.
E se o escândalo de poder ressurgir fez rir alguns,
se pode parecer absurdo que até Deus esteja interessado em que comecemos sempre de novo,
é mesmo essa Páscoa que queremos celebrar:
do Deus que, falando a nossa linguagem,
nos convoca a passar o próprio tempo
em cada laço, em cada ponte, que devolvem o presente, que antecipam o eterno.