Foi-nos dado Deus-Espírito,
Deus-Agente em nós, Deus-Agente no mundo,
Deus-Consução – não destino.
Um Deus que convoca à Liberdade.
Paulo e Silas na prisão
e “todos os presos os escutam”
e “as cadeias de todos se desprenderam”.
Lucas apresenta-nos um Deus entendido por presos,
por condenados, por desconfortáveis;
um Deus entendido por amantes
porque desafia à desmesura,
à liberdade de se dar totalmente.
A medida do Espírito que nos foi dado é essa:
cuidarmos do outro – sendo o outro sempre a melhor imagem de Deus -,
como cuidou aquele “guarda-libertado”
que mesmo em hora incómoda
“lavou feridas” e pôs a mesa àqueles “estranhos semelhantes”;
como esse “guarda-libertado” que na totalidade, na desmesura,
experimentou a alegria de sentir o Deus-Agente.
[a propósito de Actos dos Apóstolos 16 e João 16]